quinta-feira, 27 de agosto de 2020

ESBOÇO 1022 UMA BOA REPUTAÇÃO NÃO TEM PREÇO.


ESBOÇO 1022
TEMA: UMA BOA REPUTAÇÃO NÃO TEM PREÇO.
TEXTO: Melhor é o bom nome do que inúmeras riquezas.” PROVÉRBIOS 22.1; (I Sm 12:2-4).

            Ultimamente a humanidade tem olvidado alguns princípios fundamentais e admiráveis para um bom relacionamento no seio social, isso tem ocasionando sérios transtornos para toda a sociedade, podendo perdurar por muitas gerações. Vivemos no mundo onde a ética ou a moral está sendo simplesmente deixada de lado, no entanto devemos saber que a moral é imprescindível, e, sobretudo no enobrecer do homem.

            A preocupação com os princípios morais tem sido tema de grandes debates, uns lutam para manter, outros preferem não levá-los em consideração, dessa forma nunca chegará a um consenso, em contrapartida a sociedade sofre as consequências.

Numa visão panorâmica vimos que os homens perderam os seus limites, antigamente vivia-se numa sociedade em que os valores morais eram preservados, principalmente no ambiente familiar onde os princípios básicos elementares eram ensinados, a cobrança naquela época era muito maior e isso não faz muito tempo, as exigências hoje são menores ou quase nenhuma, nada se pede em troca, e nisso a liberdade vai se transformando em libertinagem, diante desse quadro as implicações são as piores possíveis e daí surge à pergunta: Aonde iremos parar? O que iremos fazer? Nessas dúvidas a sociedade plaina, como um barco a deriva em busca da solução diante dessa grande inversão de valores.

Já não se sabe fazer bons discernimentos, onde o errado é certo e o certo é errado, a credibilidade, o respeito, a sinceridade estão em crise; e cada dia que passa vai aumentando a escassez de homens sinceros na sociedade, de alguma maneira nos preocupamos preservar aquilo que é formidável na questão moral, Paulo afirma em (Rm 2.14,15) que a lei moral de Deus, foi posta nos corações de todos os homens, de todos os lugares. Mas a bíblia também ensina que o homem individual e coletivamente, revolta-se contra a lei moral de Deus, e é justamente por causa dessa distorção que termina por produzir maus resultados. Basta-nos considerar as sociedades primitivas e seus costumes pervertidos, para confirmarmos isso. Segundo Aristóteles o alvo da ética é a conduta ideal do homem, baseada no desenvolvimento de sua virtude especial. "Virtude = função dentro da sociedade, para o bem do individuo e da sociedade."

Pessoas importantes da sociedade passada e presente, consideradas pela sua dignidade, por não conservarem uma boa reputação perderam-na e mergulharam num caos, colhendo os frutos da indecência, não tiveram o dever de zelar pela ética adquirida no princípio da sua vida, vivendo hoje uma vida de desgosto e desolação, vale apena refletir sobre a questão.

A reputação de uma pessoa é julgada pela sociedade em que vive somente ela pode dizer se é boa ou má. Uma mulher ao ver o comportamento e a conduta apreciável do profeta Eliseu entendeu que se tratava de um homem bom e de Deus (2 Rs 4.9).

A rainha de Sabá ouvindo falar do conceito de Salomão resolveu visitá-lo (I Rs 10.1,6,7) e presenciou no suntuoso palácio muito mais do que lhe haviam falado.

Saul saindo à procura das jumentas perdidas do seu pai tomou conhecimento através do seu moço que em Zufe havia um homem de Deus honrado cujo nome era Samuel, e tudo quanto ele falava sucedia infalivelmente (I Sm 9.6).

Não obstante, Samuel no momento da resignação do seu cargo declarou perante uma multidão sobre a sua integridade moral e espiritual. “Agora, pois, eis que o rei vai adiante de vós. Eu já envelheci e encaneci, e eis que meus filhos estão convosco, e tenho andado diante de vós desde a minha mocidade até ao dia de hoje. Eis-me aqui; testificai contra mim perante o Senhor, e perante o seu ungido, a quem o boi tomei, a quem o jumento tomei, e a quem defraudei, a quem tenho oprimido, e de cuja mão tenho recebido suborno e com ele encobri os meus olhos, e vo-lo restituirei. Então disseram: Em nada nos defraudaste, nem nos oprimiste, nem recebeste coisa alguma da mão de ninguém (I Sm 12:2-4).

A reputação diz respeito à fama, conceito, celebridade e renome, e quando levamos para a ética é ser íntegro, inteiro, completo, digno, inatacável, irrepreensível, independentemente de qualquer situação, a moralidade fica bem em todos os lugares, as boas coisas estão dentro do coração das pessoas sensatas e dele sai ações moralmente enriquecidas.

O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal” (Lc 6.45).

Uma má reputação macula a vida espiritual, escandaliza a igreja, pois também é impossível chegar-se a Deus sem a ética, se você tem algo mais importante na vida a zelar, que não seja somente seus bens materiais, mas, sobretudo o seu bom nome, dignidade e integridade, pois elas não têm preço (Pv 22.1; Ec 7.1ª; Ct 1.3).

Pr. Elis Clementino

ESBOÇO 1021 A CONSCIÊNCIA JULGA AS NOSSAS ATITUDES.


ESBOÇO 1021
TEMA: A CONSCIÊNCIA JULGA AS NOSSAS ATITUDES.
TEXTO: “Sucedeu, porém, que, depois, o coração doeu a Davi, por ter cortado a orla do manto de Saul” I Samuel 24:5

Quando Deus formou o homem, deu-lhes o poder de discernir e fazer julgamentos das coisas, a nossa consciência funciona como um instrumento para medir e avaliar as nossas ações, ou seja, ela nos dá condições de fazermos avaliações e ponderações prévias das atitudes humanas (I Rs 3.25-27).

Definimos a consciência como o poder alojado dentro da nossa mente para formular juízos morais sobre nós mesmos, aprovando ou desaprovando as nossas ações, pensamentos e planos dizendo-nos, se aquilo que fazemos é tido por errado e o que merecemos sofrer por isso.

Segundo BUTLER, a consciência é como uma faculdade mental, e de fato, capacidade da razão que é capaz de distinguir entre o certo e errado, uma faculdade inerente (inseparavelmente ou que está ligado a alguma coisa) divinamente outorgada. Eu disse anteriormente que Deus nos deu essa capacidade de fazermos julgamentos.

A consciência é composta de dois elementos; a percepção das coisas como certas ou erradas e a capacidade de aplicar leis e regras em situação especificas, no sentido cristão, naturalmente a consciência humana nunca se manifesta isolada, mas supõe-se que o Espírito de Deus tem acesso à consciência, sendo capaz de influenciá-la de forma diferente, interna (no próprio homem) e externa, quando é despertada por alguém. Como no caso de Natã para com Davi (II Sm 12.1-8) e o despertamento de Pedro através do cantar do galo (Mt 26. 75; Mc 14.72).

Para John Henry, a consciência é uma espécie de visão luminosa, concedida por Deus à sensibilidade humana, mediante a qual a pessoa concorda que certas coisas são erradas ou não. Nesse ponto de vista a consciência é uma forma de elo entre Deus e o homem, intrínseco, a uma qualidade de espírito.
A consciência insiste em julgar-nos pelos mais altos padrões que conhecemos por isso a chamamos da voz de Deus na alma e em certo sentido ela representa a voz de Deus. O apóstolo Paulo afirma em sua carta aos Romanos; Deus gravou certo conhecimento de sua lei em cada coração humano (Rm 2.14,15) e a experiência nos confirma.

A consciência pode estar enganada ou condicionada e considerar o mal como bem, mas quando isso acontece? Quando ela torna-se cauterizada ou entorpecida por meio dos pecados repetidos, (I Tm 4.2) isso acontece com muitas pessoas quando vivem constantemente na prática da iniquidade (Hb 10.26). (O mal deixa de ser mal, ou seja, pecado não é mais pecado), são valores que se invertem “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que põem as trevas por luz, e a luz por trevas, e o amargo por doce, e o doce por amargo!” (Is 5:20-22).

A consciência é a faculdade de estabelecer julgamentos morais dos nossos atos realizados, quando ela se corrompe não conseguimos estabelecer esses julgamentos justos. È como um instrumento que avalia as nossas atitudes. Quando ela está sã conseguimos estabelecer julgamentos retos, mas quando ela está corrompida torna-se incapaz de fazer julgamentos equitativos e produzir boas ações, e isso leva o homem a mudança de conduta e a dureza de coração (Jr 7.26; 16.12).

Os julgamentos da consciência podem ser considerados a voz de Deus, somente quando reflete a própria verdade dele e a sua lei. A nossa consciência deve ser educada a julgar segundo as escrituras (Jo 7.24). A consciência sã é sensível às leis do Senhor, quando Davi cortou parte da orla das vestes de Saul, ele se sentiu culpado por cobiçar enormemente a realeza e por um ato de agressão contra o ungido do Senhor, ele foi julgado pela sua própria consciência (Davi sentiu-lhe bater o coração) (I Sm 24.5).

Não há testemunha tão terrível e nem acusador tão poderoso, como a consciência, que habita no peito de todo homemPolíbio.

O verme da consciência observa as mesmas horas que a coruja” Schiller.

                A nossa consciência deve estar limpa para Deus e os homens (At 23.1; 24.16) com ela limpa você pode dormir tranquilo (Sl 3.5; 4.8; Pv 3.24) entrar em todos os lugares, andar de cabeça erguida, sem temer a nenhuma língua que se levante (Is 54.17) isso acontece quando se tem uma consciência pura.  Mantenha a sua consciência purificada e liberta em Cristo, pois é a única maneira de você ter paz.

Pr. Elis Clementino